Todos nós temos nosso próprio jeito de enxergar o mundo, a realidade e as coisas que acontecem. Muito disso se deve às nossas crenças, que podem ser potencializadoras ou limitantes.

As crenças que alimentamos ajudam a estruturar nossos valores pessoais, aquilo que consideramos importante e, até mesmo, inegociável.

Do conjunto de valores de uma sociedade, tem-se a ética, algo imprescindível para o bom convívio em comunidade, para o bem-estar de todos os indivíduos e para a sustentabilidade dos negócios.

Afinal, uma organização que não tem suas ações baseadas na ética, cedo ou tarde, pode sofrer as consequências, que variam entre penalidades legais, violação de direitos e falta de respeito entre colaboradores, até o total descrédito e desprezo por parte dos consumidores.

Para saber mais sobre o papel da ética, dos valores e das crenças dentro das organizações, continue a leitura deste texto que preparamos para você!

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Crenças

As crenças são subjetivas e orientam a forma como alguém percebe o mundo e determina o que é certo e errado.

Não são fatos, não exigem comprovação, mas estão enraizadas no mais íntimo do ser e podem ser alimentadas desde os primeiros anos de vida.

As crenças podem ser conscientes ou inconscientes, e podem ser, como dissemos no início, potencializadoras ou limitantes.

Crenças potencializadoras são saudáveis e ajudam o indivíduo a ter uma visão mais positiva da vida, conferindo a ele mais confiança, empoderamento, senso de determinação e autorrealização, além de autoestima, o que faz com que ele não se sinta inferior (nem superior) a ninguém, enxergando a todos (inclusive a si próprio) com igualdade e respeito.

Já as crenças limitantes são extremamente prejudiciais, pois sabotam o desenvolvimento e a performance.

No ambiente de trabalho, essas crenças são ainda mais visíveis, pois limitam o desempenho de um profissional, fazendo-o acreditar que não é bom o suficiente, que não vai conseguir entregar a tempo, que não vai dar certo, entre outros tipos de pensamento que só contribuem para frustrações e atrasos – e, pior, podem se tornar verdadeiras profecias autorrealizáveis.

Afinal, é essa mensagem de pessimismo que está sendo encaminhada com grande frequência e intensidade ao cérebro.

Por isso, é muito importante tentar desenvolver o máximo de consciência possível em relação às crenças, para aprofundar ainda mais as positivas e para conhecer e lidar com as negativas, impedindo que elas sabotem seu sucesso e felicidade.

 

Crenças e valores

Como as crenças dão origem à forma como percebemos a realidade e definimos o que, ao nosso ver, é certo e verdadeiro, elas também são responsáveis por criar a estrutura do que é importante para nós.

Podemos considerar que essa estrutura é a raiz dos nossos valores, sendo que cada um tem a sua própria cadeia de valores, organizados em uma hierarquia de importância que pode variar ao longo da vida.

As crenças e os valores, juntos, orientam a nossa forma de pensar, de agir, de sentir… enfim, de ser!

 

O que são valores

Valores são, de forma geral, a medida de importância que atribuímos a fatos, contextos, conceitos ou pessoas.

Valores são aqueles atributos dos quais não podemos abrir mão, aquilo que é inegociável para nós.

Por isso, os valores orientam as nossas decisões. Todas as nossas escolhas são reflexo dos nossos valores – ou, pelo menos, deveriam ser.

Isso porque, quando fazemos algo que não esteja de acordo com os nossos valores, sentimos desconforto, inquietação, mal-estar…

Por isso é tão importante que, em uma empresa, por exemplo, os valores individuais e organizacionais estejam alinhados, pois, caso não estejam, pode haver baixa satisfação, engajamento e produtividade por parte dos colaboradores, impactando negativamente a cultura e o clima organizacional.

Quando falamos valores individuais é porque eles realmente o são. Cada pessoa tem os próprios valores fundamentais, frutos das suas crenças e experiências de vida.

Mesmo se as pessoas tiverem os mesmos valores, o peso que dão a cada um deles pode variar. Ou seja, todos os valores são importantes, mas alguns são absolutamente inegociáveis.

Considere, por exemplo, um colaborador cujo maior valor é a honestidade. Ele não vai fechar uma venda “mentindo” para o cliente que tem esse produto no estoque, para depois alegar que houve um atraso na entrega. Ele vai fechar a venda apenas se o cliente aceitar as condições e prazos reais.

 

Valores éticos

Como vimos acima, ao mesmo tempo em que os valores são individuais, eles fazem parte do convívio social, afinal, orientam as decisões e ações do dia a dia.

Quando os valores pessoais são combinados com o que o indivíduo acredita ser o melhor para a sociedade, podemos considerar que esses são os valores éticos.

Os valores éticos são fundamentais para termos um bom convívio coletivo, tanto dentro quanto fora das organizações.

Como principais exemplos podemos citar harmonia, honestidade, empatia, respeito e generosidade.

 

O que é ética

Nesse contexto de convívio social, outra questão muito importante vem à tona: a ética.

Ética é o conjunto de valores que regem o comportamento humano na sociedade.

A origem da palavra vem do grego, ethos, apresentando duas variações: êthos (caráter) e éthos (costume). Ou seja, ela está relacionada aos costumes, ao caráter e ao modo de ser de um indivíduo ou de uma sociedade.

O Dicionário Michaelis define ética como o “conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de uma sociedade”.

Também a define como a reflexão sobre “o sentido da vida humana, a natureza do bem e do mal, os fundamentos da obrigação e do dever, tendo como base as normas consideradas universalmente válidas e que norteiam o comportamento humano”.

Com isso, podemos concluir que a ética atua como um norteador do modo de agir de um grupo de pessoas, indo além dos limites da constituição.

Isso quer dizer que quem é ético seguirá a legislação, mas não se aterá apenas a ela. Muitas coisas, apesar de não serem consideradas éticas, também não são consideradas crimes.

Por exemplo, não devolver uma carteira encontrada na rua, não ceder o assento para um idoso, furar a fila do banco… nada disso fará com que alguém sofra penalidades legais, mas todos esses comportamentos são vistos como antiéticos.

 

Por que a ética é importante

Seguindo essa linha de raciocínio, podemos afirmar que um dos principais motivos pelos quais a ética é importante é o estabelecimento da organização e da harmonia em uma sociedade.

Se cada um pensasse exclusivamente em si, sem considerar os direitos dos outros, sem desenvolver a noção de certo e errado, nós teríamos a porta aberta para o mais verdadeiro caos.

Pensando em um contexto organizacional, onde os profissionais naturalmente querem evoluir e prosperar, já imaginou se cada um fosse atrás dos seus objetivos sem respeitar limites éticos? Invariavelmente, o direito e a liberdade de outras pessoas seriam violados, e as oportunidades seriam desiguais.

Esse tipo de comportamento vai criando um ambiente destrutivo, onde só permanecem os que pensam e agem da mesma forma, ou seja, qualquer tipo de relação genuína e produtiva que poderia existir entre os colaboradores e entre eles e a empresa morre.

Não precisamos nem entrar no mérito do quanto isso é insustentável para os negócios.

Tão insustentáveis quanto são aquelas atitudes que partem de uma abordagem “ganha-perde” com clientes, fornecedores ou sociedade, como o exemplo do vendedor que fecha a venda dizendo que o produto está no estoque, quando na verdade não está, para depois alegar que houve atraso na entrega.

Essas pequenas “mentirinhas”, essas pequenas “peças” do dia a dia vão abrindo espaço para uma série de comportamentos reprováveis que, sem dúvida, mancharão a reputação da empresa em algum momento.

É fato que objetivos éticos e financeiros devem ser alinhados. Ou seja, a questão não é apenas alcançar resultados, mas fazer isso de uma forma nobre, íntegra, sustentável.

A ética é uma decisão do dia a dia. Você pode escolher ir pelo caminho certo. Ou não.

 

Alinhando crenças, valores e ética nas organizações

Você sabe que o primeiro passo para uma organização conquistar o sucesso é ter as pessoas certas nos lugares certos.

As pessoas certas são, invariavelmente, aquelas que possuem crenças e valores alinhados aos da organização e que acreditam que está certo o que a empresa também acredita que está.

Quando colaboradores e instituição orientam decisões e ações com base na mesma ética, a empresa tem mais facilidade para crescer e prosperar.

Quando não existe esse alinhamento, a empresa vira palco de conflitos extremamente negativos, de desconforto, mal-estar e, até mesmo, doenças e problemas relacionados à saúde mental, sem contar a total falta de funcionalidade e impasses de gestão empresarial.

Ou seja, as crenças, os valores e a ética da sua empresa são fundamentais para a sua produtividade e o seu sucesso. Tenha isso extremamente claro e alinhado com todos os colaboradores!